A ministra espanhola do Emprego e Segurança Social, Fátima Báñez, deixou
esta segunda-feira uma mensagem de esperança sobre a situação
económica, afirmando que o país “está a sair da crise” e a viver “sinais
encorajadores”.
Esta convicção, disse, não se baseia num “optimismo vazio”, mas reflecte
o caminho de confiança construído pelas reformas do Executivo. Segundo o
jornal El País, Fátima Báñez justificou esta visão com o facto
de Espanha ter hoje uma economia internacionalizada e diversificada, um
sector turístico em alta, uma juventude com formação e ainda uma reforma
laboral que, defendeu, “está a ajudar muitas empresas a superar a
crise”.
As declarações da responsável pela pasta do Emprego no
Governo conservador de Mariano Rajoy acontecem dias depois de o
Instituto Nacional de Estatística ter anunciado que a taxa de desemprego no país subiu no terceiro trimestre para 25,02%.
Uma em cada quatro pessoas da população activa está fora do mercado de
trabalho, numa altura em que só na construção, na agricultura e nos
serviços houve um aumento do emprego.
Resgate “não é indispensável”, garante Rajoy
Uma
mensagem de tranquilidade foi também hoje transmitida pelo Presidente
do Governo, que recebeu no Palácio da Moncloa, em Madrid, onde Rajoy
recebeu o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, para a 17.ª cimeira
bilateral hispano-italiana.
O Governo espanhol, garantiu Mariano
Rajoy, não pedirá um resgate internacional enquanto considerar que não é
do interesse geral dos espanhóis. Neste momento, reforçou, um pedido de
assistência “não é imprescindível”.
Um pedido de resgate
internacional é condição obrigatória para o Banco Central Europeu (BCE)
accionar o mecanismo de compra de dívida pública de um país no mercado
secundário, fazendo baixar o custo do financiamento desse país.
Mario
Monti descartou igualmente um cenário de intervenção externa, ao
afirmar que Itália não está numa situação que exija “pôr em marcha este
instrumento” – o programa de compra de dívida do BCE.
A
preocupação dos dois líderes neste encontro foi no sentido de mostrar
que Espanha e Itália – dois “sócios e amigos” – estão do mesmo lado nas
questões europeias, na defesa de uma agenda de crescimento e emprego.
“Estamos juntos e vamos continuar a estar juntos e continuaremos a
cooperar a todos os níveis. Na agenda europeia, Espanha e Itália mais
unidas que nunca”.
Mariano Rajoy enfatizou, aliás, a questão da
“criação de emprego de qualidade”. Para o Presidente do Governo, é
fundamental que a União Europeia accione todos os instrumentos para
estimular a actividade económica, “gerar emprego e garantir
financiamento adequado para o sector empresarial, especialmente as PME”.
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